Primeira sessão de aprendizagem do ICCI debate a transição energética brasileira
Nesta sexta-feira (29), o ICCI realizou uma primeira sessão de aprendizagem coletiva, inaugurando uma série de encontros planejados para reunir a equipe com especialistas em temas que dialogam com a nossa missão e oferecem novas perspectivas sobre as agendas em que atuamos. Nesse encontro, o tema escolhido foi a transição energética, com foco no cenário brasileiro e em suas particularidades, desafios e oportunidades.
A sessão foi conduzida por Rosana Santos e Clauber Leite, diretores do Instituto E+ Transição Energética, um think tank brasileiro independente que conecta governos, indústria, sociedade civil e academia para pautar a transição energética e a transformação verde da indústria como vetores de desenvolvimento socioeconômico.
O debate começou com reflexões sobre o tema, ressaltando que o conceito de transição energética está associado ao processo de substituição da base de recursos e/ou tecnologias utilizadas na geração de energia. Foram apresentadas definições que geraram identificação no grupo, como a de Peter A. O’Connor, que descreve a transição energética como “um conjunto específico e significativo de mudanças nos padrões de uso de energia em uma sociedade”.
A sessão também provocou discussões sobre as matrizes energética e elétrica brasileiras e, em particular, sobre os desafios inerentes ao crescimento de fontes renováveis variáveis nos últimos anos. O grupo ainda falou sobre os impactos das mudanças climáticas, as perspectivas de desenvolvimento sustentável do Brasil e os caminhos para uma economia de baixo carbono.
A conversa deixou claro que o setor energético demanda uma revisão profunda de arcabouço regulatório que permita o aproveitamento das vantagens competitivas brasileiras, assim como um pensamento estratégico a respeito das oportunidades que uma matriz energética mais limpa pode oferecer para o desenvolvimento do país no contexto da transição energética global, incorporando um olhar que inclua dimensões sociais, econômicas e de segurança do abastecimento.